
Ontem, ao voltar ao estádio Zerão em jogos oficiais, não pude conter a felicidade que tive em ver novamente, na sua casa, a torcida amapaense dar manifestações de paixão ao futebol. Não pelo time, óbvio que o Santos, o "peixe da amazônia", cópia descarada do Santos paulista, não é um clube tradicional, tão pouco de grande torcida no Amapá. É, na realidade, mais um daqueles clubes que aparecem todos os anos no futebol brasileiro, que possuem donos que lhes injetam muito dinheiro. Clubes com muito dinheiro e nenhuma tradição, em suma. A paixão demonstrada ontem era pelo Amapá, pelo futebol amapaense. Poderíamos ter ontem jogando qualquer time naquele campo, desde que carregasse consigo a representação deste Estado, tão carente em várias áreas, inclusive no tocante a maior paixão nacional, o futebol.
O grande problema é que a paixão de ontem foi retribuída com falta de técnica e as vezes, pasmem, garra. O time do Santos foi inferior em inúmeros momentos ao Princesa de Solimões-AM, seu adversário.

O amapense quer torcer, quer ir ao estádio. Ganhou um presente com o retorno do belíssimo estádio Zerão, mas isso infelizmente não é suficiente. Precisamos profissionalizar nosso futebol, começando pela FAF, que com relação aqueles tempos em que citei no início do texto, no ano de 1994, parece ter retrocedido em pelo menos 20 anos, acompanhando, importante consignar, os rumos dados pela CBF, que também não dá sinal algum de evolução no quesito organização de suas competições, isso em pleno ano de 2014, ano de copa do mundo em território brasileiro.
George Arnaud Tork
Fotos: 1 - retirada do blog nezimarborges.blogspot.com
2 - Luiz Fernando/Agencia Amapá
George Arnaud Tork
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