quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ninguém sobrevive sem água

Por João Capiberibe*




A água é um recurso natural essencial, tanto no plano biológico como ambiental. Trata-se de elemento imprescindível a todas as formas de vida. Além de ser um componente essencial a todos os organismos vivos, a água é indispensável às atividades humanas: agricultura, indústria, produção de energia, transportes, higiene, saúde e, inclusive, lazer.

A gestão desse precioso líquido demanda investimentos importantes para a construção de represas e açudes, sistemas de drenagem e irrigação, estações de captação, tratamento e de distribuição de água potável, redes de esgoto, obras de contenção de enchentes, de redução dos efeitos da seca, entre outros.

Mas o uso da água também provoca problemas ambientais e ecológicos, poluição agravada pela intensificação de seu uso. Assim, a valorização dos recursos aquáticos implica em gestão e planificação eficaz e durável.

A água cobre aproximadamente 71% da superfície do planeta terra, e a quase totalidade é salgada. A água doce representa apenas 5% do volume total e está acumulada sob a forma de gelo ou em lençóis subterrâneos. Apenas uma pequena fração está disponível nos rios e lagos, na umidade do solo, na fauna e flora, ou sob a forma de vapor.

Mais de 2,4 bilhões de pessoas não tem acesso à água potável, ou seja, um terço da população mundial consome água de qualidade duvidosa.

Em Macapá, nós amapaenses podemos observar, em volume, a maior reserva de água doce do mundo passando diante da Beira Rio. E, no entanto, aproximadamente 50% da população do Amapá não dispõe de água potável.

Historicamente, a primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) de Macapá foi inaugurada em 1971. A segunda foi construída pelo meu governo em 2001, exatamente 30 anos após a primeira. Finalmente, a terceira ETA está sendo construída pelo atual governo e será entregue em julho. Vale lembrar que durante os oito anos do governo Valdez, a CAESA foi sucateada, não assegurando nem mesmo os custos de manutenção do sistema - embora a população tivesse sido acrescida em mais 170 mil habitantes.

Somente agora, graças às ações do Governo Camilo, a população do Amapá terá esse serviço básico ampliado, caminhando para universalização. Para tal, o GEA constituiu um fundo de investimento da ordem de R$ 300 milhões, aproximadamente. Os recursos provêm do caixa do governo do Estado, de empréstimos do BNDES, do PAC 2, da FUNASA, e de emendas parlamentares. Nunca se investiu tanto em água como nesses últimos três anos.

Em Macapá, por exemplo, o GEA investe R$ 133 milhões na ampliação do sistema de abastecimento. Com isso, passaremos a atender 98% da população da capital. Hoje a CAESA atende apenas 50% dos moradores, índice comparável ao dos países mais pobres do planeta.

Santana, por exemplo, vai triplicar a quantidade de água disponível para os seus 100 mil habitantes. Hoje, apenas quatro entre dez santanenses dispõem de água tratada. Com esse investimento, será possível atender 80% da população.

Outros municípios do Estado também foram contemplados com investimentos: Vitória do Jarí, Mazagão, Calçoene, Porto Grande, Pedra Branca, Cutias do Araguari Ferreira Gomes, Cidade do Amapá, Tartarugalzinho, Pracuúba, Serra do Navio, Itaubal. Igualmente, pequenas comunidades como São Joaquim do Pacuí, Gurupora, Maracá, Carmo do Maruanum terão água tratada. Apenas para complementar, lembro que Laranjal do Jari e Oiapoque, únicos municípios que receberam dinheiro diretamente da FUNASA, infelizmente não completaram as obras; a ex-prefeita de Laranjal e o ex-prefeito de Oiapoque, juntamente com o ex-superintendente da FUNASA foram presos por irregularidades na aplicação desses investimentos.

Graças aos investimentos, o Governo do Estado resgatará essa dívida social e a população do Estado deixará de pertencer ao enorme contingente de 2,4 bilhões de habitantes do planeta que não têm água de qualidade.


*Governador do Estado do Amapá. Senador da República pelo mesmo Estado.


Artigo: www.diariodoamapa.com.br
Fotos: 1. Blog Planeta Água: planetasustentavel.abril.com.br
          2. www.caesa.ap.gov.br

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ainda sobre parcerias.

Em recente texto publicado pelo Professor Charles Chelala, onde faz algumas ponderações sobre parceria entre Governo do Estado (GEA) e Prefeitura de Macapá (PMM), procurou-se colocar este tema em números, apontando, mais precisamente, o volume de recursos repassados pelos Governos anteriores aos respectivos prefeitos a época e suas porcentagens em cima do orçamento da capital. Indicou, comparando diretamente as gestões anteriores a do Governador Camilo, que houve parceria pífia entre GEA e PMM no ano de 2013, sendo o volume de recursos repassados representando apenas 0,5% do orçamento da Prefeitura, enquanto outrora se chegava ao montante de 16% deste total.

Não contesto números, pois eles estão aí para serem referência. Duas coisas me vêm a cabeça neste ponto. Primeiramente, com as experiências obtidas no passado, será que este modelo de apenas realizar repasses secos de recursos deixando a sua execução exclusivamente nas mãos das prefeituras, que passam a conviver com suas inúmeras prioridades frente ao recurso recebido, ainda que proveniente de convênios com fins definidos é o mais acertado? Em segundo plano, lembro-me do discurso político, de atacar a natural estratégia de parceria escolhida pelo PSB na campanha de Cristina Almeida à PMM, colocando claramente para a população que este não era o melhor caminho, era realmente uma concepção da realidade dos Municípios amapaenses, ou apenas "lero lero" político com fins que todos nós conhecemos? Vale ressaltar aqui que o PSOL tem pré candidatura ao Governo este ano. E qual será o Discurso desta vez, parceria entre gestores do mesmo partido passa a ser solução?

Eu prefiro apostar em uma mudança de modelo. O Estado também tem suas prioridades, sendo natural que em uma relação com a PMM  se comece pelo que atinge diretamente aos serviços prestados pelo Estado, como no caso da saúde, onde a administração é tripartite. Prefiro o modelo que foi estabelecido, tomando como simples exemplo o posicionamento do Governo frente aos problemas da saúde, onde o mesmo indicou publicamente que a prefeitura apresentasse projeto de necessidades de 6 unidades básicas de saúde para que o Estado as reformasse e equipasse, coisa que a PMM, salvo acontecimento recentíssimo, ainda não fez. Isso não é parceria? 

Os investimentos feitos pelo Estado no setor de arrecadação, que diminuíram a dependência do FPE em 9% de 2011 a 2013, ao que parece, não interferiram em nada no que toca a Prefeitura. Como se parte deste recurso não fosse destinado diretamente aos cofres da PMM, em repasse previsto constitucionalmente. 

O que falar então, dos investimentos em asfaltamento das principais ruas de Macapá. O trabalho está nas ruas, mesmo no inverno, sempre que a chuva resolve nos dar trégua, vemos o maquinário do Governo do Estado realizando os trabalhos prometidos para a população da capital. Ainda nesta seara, tivemos dois cinturões asfálticos inaugurados por ambos os gestores, feitos em parceria, onde cada um era responsável por uma parte da obra.

Não farei referência a outros inúmeros investimentos do GEA na capital, para que o texto não fiquei tão longo a ponto de não favorecer a leitura.

Ainda que o discurso utilizado em campanha seja incoerente com a percepção atual, acredito que os laços entre PMM e GEA devem ser estreitos, pois ambos servem a um só propósito, ao povo amapaense. O que de fato não posso admitir, é que o bônus político sirva a um só lado, enquanto o ônus é repassado ao outro na forma de informações controvertidas para a população, no nível de que o espírito republicano não encontra abrigo nos braços da gestão Estadual, enquanto a Municipal detém todos os requisitos morais e republicanos concentrados em seus quadros. 

Entretanto, digo em alto e bom tom que sou absolutamente a favor da união dos partidos com maior afinidade política em prol de um futuro promissor para o Amapá, e isso não tem a ver com a candidatura do Professor Chelala ao Governo ou não. Melhor seria compor em chapa única, não sendo isso possível, que possamos nos encontrar mais à frente.

Estratégias políticas à parte, nosso modelo político não admite separação completa  entre projeto de gestão e projeto político partidário. Fazer isso é experimentar da hipocrisia, e pior, é fazer a população engolir a seco a mudança de postura nas eleições próximas, que neste país acontecem num intervalo não favorável ao esquecimento.  

George Arnaud

foto: retirada do Google imagens, sem prejuízo da existência de autoria.

Politica Cidadã de alguns cidadãos.



SOBRE POLÍTICA E JArDINAGEM

De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim vocare, quer dizer "chamado". Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um "fazer". No lugar desse "fazer" o vocacionado quer "fazer amor" com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.

"Política" vem de polis, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.


Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades: sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oases. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu "o que é política?", ele nos responderia, "a arte da jardinagem aplicada às coisas públicas".

O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.
Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade. A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.

Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.

Todas as vocações podem ser transformadas em profissões O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.

Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a profissão política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo, em relação à política. Guimarães Rosa, perguntado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: "Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade... Ao contrário dos 'legítimos' políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem." Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.

Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de serem confundidos com gigolôs e de terem de conviver com gigolôs.

Escrevo para vocês, jovens, para seduzi-los à vocação política. Talvez haja jardineiros adormecidos dentro de vocês. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas, legítimas, se forem vocação. Mas todas elas afunilantes: vão colocá-los num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?

Acabamos de celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem. Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não eram jardineiros. Eram lenhadores e madeireiros. E foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim para a felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde uns poucos encontram vida e prazer.

Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, ao invés de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores à cuja sombra nunca se assentariam.

Rubem Alves

(Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 19/05/2000.).


OPINIÃO DO BLOG

Apesar de se tratar de um texto do magnífico Rubem Alves, datado de quase quatorze anos atrás, é atemporal, pois retrata uma realidade diária na qual todo cidadão está inserido e que não carece de fundamentações complexas para ser importante, atual e decisivo.

Não se incluir na política como ferramenta cotidiana, é se privar de um dos mais poderosos mecanismos de defesa social existentes, pois não trata somente do indivíduo inserido em um contexto amplo e complexo, mas para qual tipo de relação com a sociedade ele foi gerado, e, partindo do ponto das influências, o que essa geração têm feito da boa política, se é que ainda podemos mensurar.

Reconhecer nossas obrigações e onde nos inserimos como agentes políticos, em nada tem a ver com ligação político-partidária ou movimentos sociais, mas na compreensão de que fazer o bem, ser justo e se envolver efetivamente na busca de soluções para os problemas e anseios da coletividade, mesmo que para isso tenhamos que sair da nossa zona de conforto, é fundamental para a formação de uma geração mais preocupada e consciente. É estabelecer parâmetros bem definidos, que vão de um simples gesto de bom senso e honestidade à uma escolha que poderá mudar os rumos de uma nação, para melhor ou para pior.

Vale ressaltar que política, da qual trata o texto, em nada se compara a tão conhecida politicagem. Coisa bastante comum e presente em nosso Amapá, ainda que esta postagem nos faça refletir e nos arremeta a nossa triste realidade local. 

Que sejamos confrontados então!

Isan Oliveira 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Fotos e Legendas

"O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior
 Albert Einstein
Foto: Fortaleza de São José de Macapá/AP, por Isan Oliveira. 

A verdade que não dói.

Nem sempre o que está diante de nossos olhos é realmente aquilo que revela nosso coração. Expor e defender nossas "verdades" é tão simples como um aperto de mão, porém, em se tratando de cumprimento, uns preferem abraçar, outros beijar a apertar a mão. Santo Agostinho já dizia que é costume do ser humano amar a verdade quando os ilumina, mas tendem a odiar a mesma quando os confrontam.

Existe um horizonte a nossa frente à ser compreendido, onde uns enxergam com humildade, outros, apenas com suas "verdades", sem compreender que há diversidade de penamentos e paixões. Compreensão e consciência podem andar de mãos dadas, ainda que em via de mão dupla, separadas por um mundo de ideias divergentes, porém um sempre ha de andar na contra-mão, na faixa que pode ser da intolerância.

Isan Oliveira


(Foto: arquivo do Blog)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Futebol Amapaense FC.

Lembro-me bem, apesar de sem muita riqueza de detalhes, de uma final de campeonato amapaense entre E C Macapá e Ypiranga Clube, no estádio Zerão absolutamente lotado, no ano de 1994. Bom jogo de futebol, sobretudo, com torcidas apaixonadas fazendo seu papel na arquibancada do estádio. Salvo engano, Ypiranga foi o grande campeão daquele ano.

Ontem, ao voltar ao estádio Zerão em jogos oficiais, não pude conter a felicidade que tive em ver novamente, na sua casa, a torcida amapaense dar manifestações de paixão ao futebol. Não pelo time, óbvio que o Santos, o "peixe da amazônia", cópia descarada do Santos paulista, não é um clube tradicional, tão pouco de grande torcida no Amapá. É, na realidade, mais um daqueles clubes que aparecem todos os anos no futebol brasileiro, que possuem donos que lhes injetam muito dinheiro. Clubes com muito dinheiro e nenhuma tradição, em suma. A paixão demonstrada ontem era pelo Amapá, pelo futebol amapaense. Poderíamos ter ontem jogando qualquer time naquele campo, desde que carregasse consigo a representação deste Estado, tão carente em várias áreas, inclusive no tocante a maior paixão nacional, o futebol.

O grande problema é que a paixão de ontem foi retribuída com falta de técnica e as vezes, pasmem, garra. O time do Santos foi inferior em inúmeros momentos ao Princesa de Solimões-AM, seu adversário.

E a que isso se deve? Eu julgo que, infelizmente, o torcedor amapaense em que pese estar absolutamente empolgado com o retorno do Estádio Zerão, que enfim oferece o conforto merecido para assistir uma partida de futebol, ainda não pode contar com alguns pontos básicos. Um clássico exemplo é que continuamos com pensamento de várzea por parte de uma Federação inoperante, utilizada em grande parte do tempo como instrumento político de quem a comanda. Não temos sequer, por mais incrível que possa parecer, um calendário adequado ao Campeonato Amapaense. O time do Santos entra para disputar uma competição nacional sem ter jogado uma única partida oficial durante o período de preparação em 2014, que diga-se, deve ter sido curto, como todos os anos. Esse é apenas um dos pontos dentre inúmeros, mas que considero de extrema relevância, pois tenho convicção de que se o Amapaense já tivesse começado como todos os outros, o time do Santos teria oportunidade de melhor acerto antes de encarar seu adversário de ontem. E a consequência negativa pôde ser vista ontem, na eliminação do time amapaense para o time do interior do Amazonas.

O amapense quer torcer, quer ir ao estádio. Ganhou um presente com o retorno do belíssimo estádio Zerão, mas isso infelizmente não é suficiente. Precisamos profissionalizar nosso futebol, começando pela FAF, que com relação aqueles tempos em que citei no início do texto, no ano de 1994, parece ter retrocedido em pelo menos 20 anos, acompanhando, importante consignar, os rumos dados pela CBF, que também não dá sinal algum de evolução no quesito organização de suas competições, isso em pleno ano de 2014, ano de copa do mundo em território brasileiro.

George Arnaud Tork


Fotos: 1 - retirada do blog nezimarborges.blogspot.com
           2 - Luiz Fernando/Agencia Amapá


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O retorno do início.

Não cremos que possa ser considerado um retorno, na realidade. Este espaço começou a ser construído por nós, dois amigos amapaenses extremamente apegados aos acontecimentos desta terra mas que não sabiam se era o que queriam para o momento. Acabou durando apenas 3 postagens.
Começamos cheios de idéias e elas foram morrendo com o passar dos dias e com as atribuições de cada um. Agora, pretendemos começar devagar, sem muita pretensão, publicando textos, fotos e outros que nos chamarem atenção, assim, engatinhando, como todo bom projeto deve ser iniciado, sempre sendo repensado a cada etapa.

Sejam bem vindos ao retorno do início, pois é exatamente do início que começaremos. Um abraço!

George Arnaud e Isan Oliveira


Foto: retirada do blog compondoletras.blogspot.com